A família é tão importante que foi criada antes da queda; diga-se de passagem que a queda tem atrapalhado a vida humana até os dias de hoje, ela trouxe maldição e conseqüências funestas para as famílias. Dentre muitas qualidades que as famílias nos trazem, podemos citar:
* Prover companheirismo – (Gn. 2. 24) – Apesar de serem muito semelhantes em muitos aspectos, vemos também muitas diferenças. Estas diferenças fazem parte do plano divino no sentido de o homem e mulher completarem-se. As diferenças e semelhanças é que tornam possível a unidade completa entre eles. São elas que nos dão a possibilidade de Ter filhos. Um dos propósitos do casamento é justamente este, de gerar e cuidar dos filhos. (Gn. 1. 28).
O que tem causado um mal estar muito grande às famílias é justamente os efeitos da queda. Estes efeitos são:
* Relacionamento quebrado com Deus – Este é o principal efeito da queda e deles decorrem todos os outros. Quando caímos, escondemo-nos de Deus; sem Deus nós homens somos como barco à deriva, sem controle, sem referencial.
* Relacionamento quebrado na família – O ideal de companheirismo é substituído pela desunião (repletas de acusações, desconfianças, e transferências de culpas "foi a mulher que me deste"). As competições entre as pessoas têm feito muitas famílias penarem, as diferenças que deveriam gerar complementaridade, geram dominação e dependência: "o teu desejo será para o teu marido". A relação não é mais complementar, e sim subjugadora. O machismo é a manifestação concreta deste efeito da queda. A responsabilidade de geração e formação dos filhos é prejudicada pela queda. Primeiro porque a geração de filhos que deveria ser algo prazeroso e sereno torna-se pesada e dolorosa, especialmente para a mulher (Gn. 3. 16); Segundo, porque ao invés de legar aos filhos a benção de Deus, o homem transmite-lhes a herança da pecaminosidade e a maldição provenientes desta (Rm. 5. 12).
Apesar de tudo que a raça humana ocasionou, Deus não desistiu do seu projeto e providenciou a redenção.
A essência desta redenção está em Jesus Cristo. Esta realidade influencia todos os outros aspectos da vida humana, em especial o familiar (I Jo. 4. 11; 19-20; Cl. 3. 18-4. 1).
Os resultados da redenção são:
1. A unidade e companheirismo são resgatados – tanto Jesus quanto Paulo afirmam que a proposta divina de união e companheirismo são possíveis (Mt. 19. 3-6; Ef. 5. 31). Nas famílias que Jesus se faz presente as acusações dão lugar ao perdão, a incompreensão dá lugar à compreensão e à convivência harmônica. (Ef. 4. 29-32; 5. 19).
2. A cooperação volta a ser a tônica – o segredo está em viver em amor (I co. 13. 4-7), que traz a vivência e cooperação, que são essenciais ao cumprimento da missão de edificar a casa com Cristo.
3. A subjugação da mulher pelo homem cai por terra – Em Cristo todos os seres humanos são iguais ou seja tem o mesmo valor. As diferenças não devem mais gerar dominação, mas cuidado mútuo (I Pe. 3. 6,7).
4. O relacionamento entre pais e filhos é transformado – (Ml. 4. 5,6; Ef. 6. 1,2) os pais convertidos e reconciliados com Deus, podem legar aos seus filhos a herança da comunhão restaurada com o Senhor, ensinando-os principalmente através do amor.
Conclusão – A família continua sendo para Deus um projeto viável, e o único pelo qual a sociedade pode subsistir de forma sadia,;Entretanto, devemos lembrar que a obra da redenção só estará totalmente completa na eternidade. Precisamos, portanto, estar constantemente aos pés do Senhor e na sua Palavra para buscar orientação. Que Deus nos abençoe!
Pr. Onézimo Pinto
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